segunda-feira, 25 de maio de 2009

Perguntas fequentes

Porque somos influenciados pelo meio que vivemos? O que provoca essa mudança constante?

São as três forças complementares que segundo a filosofia indiana, elas fazem parte da nossa natureza, mas é mutável.
Chamamos de gunas e se compõem assim:
- tamas: massa ou inércia
- rajas: vibração ou dinamismo
- sattva: luminosidade ou equilibrio
Entendê-los é importante para que você seja bem-sucedido na prática da ioga e na sua jornada interior.
Por exemplo, quando você está praticando e sente seu corpo pesado, inerte (tamas), sua mente tende a estar rápida, inconstante e astuta (rajas), o seu corpo precisa de mais energia para vencer a inércia e quanto maior a resistência, maior o esforço.
Quando o esforço se torna sem esforço, o ássana (postura) atinge seu nível mais alto.
Trata-se, inevitavelmente de um processo lento, e, se interrompemos a prática, a inércia se restabelecerá.
Excesso de tamas é entorpecimento e de rajas é turbulência, frenesi, agitação.
Isso acontece no dia a dia também.
O que desejamos é uma mente ágil, não agitada. A solidez de tamas e o atraente movimento de rajas eclipsam a nossa visão. Num mundo de objetos e de excitação dos sentidos, tamas e rajas reinam.
Quando aprendemos, através da ioga a relaxar e ao mesmo tempo pemanecer alerta, estamos buscando o equilíbrio (sattva).
A interação das três forças dos gunas tem importância crucial para a prática da ioga. Você aprende a identificá-la e observá-la a fim de ajustar e equilibrar-lhes as proporções e , à medida que penetra no seu mundo interior, vem à superfície, a beleza de sattva.


E se alguma parte do meu corpo dificulta a minha prática? Ou uma lesão em alguma parte do meu corpo? Tensão nas costas?

Essa é sua criança-problema.
Aprenda a lidar com ela, a nutrí-la, assim como faria por alguém muito querido que tivesse dificuldades e precisasse de mais amor e atenção.
A prática prolongada e ininterrupta dos ássanas (porturas) e do pranayana (exercícios de respiração), se feita com percepção, estabelece alicerces firmes e é capaz de criar em você a auto-cura.
No caso de uma lesão, depois de consultar um médico especializado ou um fisioterapeuta, pode-se fazer um tratamento paralelo com a ioga.
A limitação vem da acomodação.
Se você faz as posturas na ansiedade do resultado você não está fazendo ioga, está fazendo ginástica.
Quando um jardineiro planta uma macieira, ele acaso espera que as maçãs brotem imediatamente?
É claro que não. Ele rega a semente, cuida dela todo dia e fica feliz de vê-la crescer. Trate o corpo da mesma maneira, reconhecendo com alegria cada pequeno progresso.
É a paciência, aliada com práticas disciplinadas, que faz surgir a força de vontade e o tão esperado equilíbrio físico, mental e emocional.

Texto baseado no livro: Luz na vida de B.K.S Iyengar.

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